segunda-feira, 2 de julho de 2012


A ARTE NOS MAPAS NA CASA FIAT DE CULTURA

INTRODUÇÃO
A exposição A Arte nos Mapas na Casa Fiat de Cultura: uma Viagem pelos Quatro Cantos do Mundo traz para o público mineiro um extraordinário conjunto de cerca de 50 mapas datados entre os séculos XVI e XIX, elenco proveniente dos acervos do Banco Real, Fundação Biblioteca Nacional, Biblioteca José e Guita Mindlin, Instituto Ricardo Brennand e de coleções particulares. Eles nos mostram não só os avanços do conhecimento técnico-científico no traçado – cada vez mais preciso – de territórios recém-descobertos, mas, sobretudo, a mentalidade dos cartógrafos de diferentes épocas. Esse é o lugar da arte nos mapas, que nos faz navegar pelo imaginário europeu do período.

Há monstros marinhos e seres fantásticos que se transferem das crenças medievais aos mapas renascentistas e mesmo posteriores, povoando o Mar Oceano e terras inexploradas ao lado de imagens de fauna, flora e “cenas de costumes”. Esta arte não é aleatória. Sem aferições confiáveis de longitude e latitude, tais imagens eram importantes referências geográficas, encontrando-se por isso no interior dos mapas.

Com o passar do tempo, elas serão relegadas às suas bordas, como alegorias que revelam o interesse econômico e o domínio político dos novos territórios como móvel do olhar europeu. O que assim aprendemos é que, da arte de dar forma ao desconhecido à arte de pintar as Alegorias dos Continentes incorporada à ilustração dos mapas, a ciência e o imaginário se aliam, na cartografia, para nos levar a viajar pelas quatro partes do mundo.




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