A ARTE NOS MAPAS NA CASA FIAT DE CULTURA
INTRODUÇÃO
A
exposição A Arte nos Mapas na Casa Fiat de Cultura: uma Viagem pelos Quatro
Cantos do Mundo traz para o público mineiro um extraordinário conjunto de cerca
de 50 mapas datados entre os séculos XVI e XIX, elenco proveniente dos acervos
do Banco Real, Fundação Biblioteca Nacional, Biblioteca José e Guita Mindlin,
Instituto Ricardo Brennand e de coleções particulares. Eles nos mostram não só
os avanços do conhecimento técnico-científico no traçado – cada vez mais
preciso – de territórios recém-descobertos, mas, sobretudo, a mentalidade dos
cartógrafos de diferentes épocas. Esse é o lugar da arte nos mapas, que nos faz
navegar pelo imaginário europeu do período.
Há
monstros marinhos e seres fantásticos que se transferem das crenças medievais
aos mapas renascentistas e mesmo posteriores, povoando o Mar Oceano e terras
inexploradas ao lado de imagens de fauna, flora e “cenas de costumes”. Esta
arte não é aleatória. Sem aferições confiáveis de longitude e latitude, tais
imagens eram importantes referências geográficas, encontrando-se por isso no
interior dos mapas.
Com o
passar do tempo, elas serão relegadas às suas bordas, como alegorias que
revelam o interesse econômico e o domínio político dos novos territórios como
móvel do olhar europeu. O que assim aprendemos é que, da arte de dar forma ao
desconhecido à arte de pintar as Alegorias dos Continentes incorporada à
ilustração dos mapas, a ciência e o imaginário se aliam, na cartografia, para
nos levar a viajar pelas quatro partes do mundo.
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